segunda-feira, 14 de abril de 2008

Falta tecnologia na agricultura familiar, aponta a FAO


Redução da fome e ajuda ao meio ambiente. Pelo menos essas duas vantagens estariam garantidas se a agricultura familiar lançasse mão de mais tecnologia em seus processos. O alerta foi dado nesta segunda-feira, na abertura da 30ª Conferência Regional da Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Ainda que em um primeiro momento a tecnologia seja vista como um custo a mais para esse segmento já tradicionalmente carente de recursos, usar os recursos tecnológicos pode garantir aumento da produtividade desse setor e, como consequência, a sua rentabilidade, como apontaram os participantes. (A foto ao lado é da Agência Brasil).
"Há um desafio crucial de que se estenda a inclusão tecnológica na agricultura familiar, tanto para uma maior remuneração dos produtores como para prevenção do aquecimento global", afirmou Fernando Soto Baquero, chefe da Subdireção de Assistência para Políticas da FAO, segundo a Agência Brasil.
Segundo ele, o crescimento da produção agrícola não gerou aumento de ganhos para a agricultura familiar. Um dos motivos seria a alta dos custos de produção devido ao pouco uso da tecnologia.
De acordo com o representante brasileiro na FAO, José Antônio Marcondes de Carvalho, a produção da agricultura familiar pode ser um dos principais fatores no combate à fome. "Hoje, 65% da produção agrícola no Brasil tem origem na agricultura familiar. É por meio da agricultura familiar que vamos conseguir alimentos suficientes para o povo", disse, de acordo com a Agência Brasil. Por isso, quanto mais produtivo se torne esse segmento, menor será a incidência da fome.

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