sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Informática também é opção de conhecimento na Melhor Idade


A inclusão digital das pessoas da Melhor Idade, não importa de quantos anos estejamos falando aqui, já foi alvo de notícias nesse Blog. Mas não existem só iniciativas voluntárias a patir da boa vontade de alguns poucos.
A escola de informática Bit Company decidiu criar cursos na sua grade para os idosos, que assim não ficam dependentes apenas de iniciativas caridosas, que muitas vezes dispõem de poucos horários e vagas para esse público.
Achei interessante citar essa opção porque não conheço muitos outros cursos regulares de informática que reservem grupos para os mais velhos, que podem ter dificuldades de se adaptar ao mouse no começo, mas poem encontrar na informática um aliado para manterem suas mentes ativas e ainda se comunicarem mais facilmente com parentes e amigos.
Como explica o material de divulgação da escola, o programa proporciona as primeiras noções de softwares como Windows, Word, Excel e Power Point, mas começa com ensino de digitação e internet.
Vera Cruz Rezende (foto), 92 anos, dá seu testemunho da experiência no informativo divulgado à imprensa: “Conquistei o Certificado do Curso de Windows XP na BIT Company unidade Barbacena-MG aos 92 anos de idade, e sinto orgulho em não ter parado de lutar devido aos sinais do tempo e de ter conquistado mais um feito em minha vida”.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Nokia Siemens traz modelo de inclusão digital "itinerante" ao Brasil


Chegou hoje a duas cidades do interior da Bahia um sistema itinerante de telecomunicações. O projeto foi idealizado pela Nokia Siemens e já está em testes semelhantes na Índia e na África, com o nome de Village Connection.
Depois dessas experiências, que devem se tornar comerciais em 2009, a empresa decidiu trazer o modelo para a América Latina, onde o Brasil foi escolhido para ser o primeiro e o projeto foi chamado de Expedição Conectando o Brasil.
Como explicou Mário Baumgarten, diretor de assuntos corporativos da Nokia Siemens para a América Latina, a idéia é mostrar que "alcançar 5 bilhões de pessoas conectadas no mundo é possível".
Hoje, dos 6,5 bilhões de pessoas no globo, por volta de 3,5 bilhões têm algum tipo de conexão à internet. O problema dos demais é, no entanto, é o poder aquisitivo.
Por isso, a Nokia Siemens idealizou um sistema onde o custo de implantação, o preço ao usuário e o custo de manutenção sejam baixos para tornar o processo sustentável.
Baumgarten explicou que a idéia é usar uma minicentral que possa ficar na casa ou empresa de alguém da localidade. Além disso, todas as ligações internas são processadas localmente, como forma de reduzir os custos totais de operação.
Um microcomputador centraliza as ligações e emite as faturas, dispensando também que uma operadora tenha de montar toda a sua estrutura administrativa no local.
Desta forma, os habitantes das cidades de Cravolândia e Muniz Ferreira terão a oportunidade de realizar chamadas, enviar torpedos e acessar a Internet. Hoje, essas cidades baianas não dispõem de banda larga ou telefonia celular, por exemplo.
Segundo dados divulgados pela Nokia Siemens, nas regiões onde ela levará o projeto para testes, a população não dispõe de mais de 3 dólares por mês para gasto em telecomunicações.
A empresa ainda não tem os dados específicos para o Brasil, mas a realidade não deve ser diferente de outras nações emergentes. Por isso, salienta Baumgarten, qualquer solução que queira atingir as pessoas hoje banidas dos serviços de telecomunicações tem de se viabilizar nessa média de preço.
A Nokia Siemens quer demonstrar que isso é possível, mas em cada um desses países, inclusive no Brasil, um sistema como esse depende muito mais de políticas de governo que das empresas privadas.
(A foto acima foi cedida pela assessoria de imprensa da Nokia Siemens Brasil)

domingo, 21 de setembro de 2008

Exemplo gaúcho no avanço tecnológico

Como ontem (20/09) os gaúchos comemoraram mais um aniversário da Revolução Farroupilha, aproveito a data para citar mais um grande exemplo de inclusão digital e avanço tecnológico desse povo entre os quais tenho tantos amigos e pessoas queridas (Adi, Eduardo, Liege, Eneida).
Depois de levar o recurso da telemedicina para atender grávidas da periferia, no bairro de Restinga, em uma iniciativa que usa até a banda larga pela rede elétrica -- uma das poucas iniciativas do uso dessa tecnologia no país -- o Rio Grande do Sul vai estender a telemedicina para outras regiões.
A prefeitura de Porto Alegre inaugura, amanhã (22/09), o serviço móvel de telemedicina, na Lomba do Pinheiro, zona leste da capital. O atendimento será realizado no Centro de Saúde Lomba do Pinheiro todas as quartas-feiras, quando serão oferecidos oito exames de ultrassonografias.
Como explicou a prefeitura em material divulgado à imprensa, um veículo levará todo o equipamento ao bairro, enquanto um técnico de informática e um médico residente farão as imagens da ultrassonografia. No posto, haverá uma sala com infra-estrutura de espera para receber as imagens feitas pelo equipamento móvel.
Inicialmente, o projeto contempla as usuárias da Unidade Básica de Saúde e dos postos de saúde Panorama, Viçosa, São Pedro, Lomba do Pinheiro, Herdeiros e Esmeralda, segundo a prefeitura.
A mobilidade vai permitir que gestantes de todas as regiões da cidade façam os exames em um posto perto de casa, sem necessidade de deslocamento até o hospital público, que normalmente não é perto de suas residências e nem fácil de chegar para uma grávida.
O principal objetivo da iniciativa, de acordo com a prefeitura, é reduzir a alta taxa de absenteísmo, já que muitas marcam o exame em centros de saúde localizados na área central da cidade e não comparecem. O projeto não pára por aí. A próxima região a ser contemplada com o serviço de telemedicina móvel é a Ilha da Pintada.
Em Restinga, o projeto opera desde abril e permitiu a queda de 40% para 10% na taxa de absenteísmo das gestantes. Além disso, o tempo médio de espera entre a solicitação e a realização do exame, que era de até cinco meses, hoje é de apenas 34 dias. Não foi um grande avanço?
(A foto acima é de Ivo Gonçalves e foi extraída do portal da Prefeitura Municipal de Porto Alegre)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ainda existem 1,2 milhão de crianças no mercado de trabalho

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) divulgada nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) traz um dado triste: ainda existem mais de 1,2 milhão de crianças entre 5 e 13 anos no mercado de trabalho.
O número, que se refere ao ano de 2007, mostra uma tímida redução sobre o ano anterior. Em 2006, 4,5% das crianças dessa faixa etária eram exploradas em trabalhos de adultos, índice que caiu para 4% no ano passado.
Você pode se perguntar o que um Blog de responsabilidade social na área de Tecnologia da Informação (TI) tem a ver com a exploração da mão-de-obra infantil.
O fato é que, por uma questão de responsabilidade, acho importante destacar eses números para que as empresas de informática, celular e produtos do gênero acompanhem toda a cadeia produtiva de seus bens para impedir radicalmente que qualquer das suas etapas envolva a mão-de-obra infantil.
A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de trabalho a menores de 14 anos. Boa parte das crianças que hoje engordam essa triste estatística é da zona rural, distantes portanto da indústria, e muitas arriscando a saúde em canaviais e outras atividades perigosas. Mas nem todas estão na área agrícola. Fique atento e denuncie.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nova presidente da Ericsson no Brasil quer apoiar projetos sociais

Fatima Raimondi se tornou, nesta semana, a primeira mulher e única brasileira a assumir a presidência da Ericsson Brasil nos 80 anos em que a companhia sueca está no país.
Além dessas inovações, a executiva trouxe à imprensa nesta quarta-feira outra boa notícia: a intenção de investir em projetos sociais no país.
"A idéia não é fazer caridade simplesmente", afirmou ela aos jornalistas, mas, sim, investir em projetos como as Millenium Villages que a empresa apóia no continente africano e que já beneficiou 400 mil pessoas.
"Uma moradora dessa comunidade tem um telefone e vende minutos aos vizinhos. Com isso, ela passou a gerar uma receita e se sustenta com isso", exemplifica a executiva. Em uma região em que 300 milhões de pessoas (mais de 40% da população) vive com menos de US$ 1 por dia, ações como essa podem fazer toda a diferença.
Depois de passar os últimos anos em Portugal e na América Latina, Fatima também se disse entusiasmada com os projetos de cidades digitais existentes no Brasil. Como a Ericsson é a maior empresa de infra-estrutura de telecomunicações do mundo, esse interesse pode trazer bons frutos para a inclusão digital em regiões carentes do Brasil!

domingo, 14 de setembro de 2008

Pesquisa mostra que pólo industrial contribui para preservar a floresta em Manaus

Nesta semana estive em Manaus, participando da Feira Internacional da Amazônia (FIAM), e pude perceber que a preocupação ambiental é uma constante tanto entre as empresas como nos discursos das autoridades.
Ainda que o Pólo Industrial de Manaus (PIM) tenha seus problemas a resolver, como a logística complexa e, mais recentemente, a possibilidade de esgotamento da capacidade energética, com o crescimento industrial, a questão ambiental parece bem cuidada.
No último dia do evento, inclusive, os organizadores da FIAM divulgaram uma pesquisa que mostra, pela primeira vez, que a existência do pólo industrial contribui para preservar a floresta.
O estudo mostra que, no período de 2000 a 2006, o valor das emissões de carbono evitadas chega a US$ 10 bilhões. Se considerados os serviços ambientais proporcionados pela preservação, o valor estimado é da ordem de US$ 158 bilhões nesse período.
O estudo foi feito por pesquisadores das Universidades Federais do Amazonas e Pará, do Instituto Piatam e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Financiado pela Nokia do Brasil, com investimento de R$ 600 mil, ele contou ainda com o apoio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e teve os resultados atestados por pesquisadores dos Estados Unidos, Europa e América Latina.
No período de 2000 a 2006, a pesquisa mostra que a pressão sobre a floresta amazônica diminuiu entre 70% a 77%, em razão da existência do parque industrial de Manaus. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas conta atualmente com 98% da sua cobertura vegetal preservada.
Para medir o impacto do PIM na preservação da floresta, os pesquisadores utilizaram variáveis que podem influenciar ou não no desmatamento e analisaram seus impactos em mais de 400 municípios de toda a Região Norte. Entre as variáveis estão o impacto de atividades econômicas como a pecuária e a exploração madeireira, dados demográficos, a variação do Produto Interno Bruto (PIB) geral e per capita, a densidade de estradas, e os investimentos públicos realizados nestes municípios, sobretudo em educação.
Em uma segunda fase, os pesquisadores selecionaram as variáveis que indicaram maior índice de desmatamento e as aplicaram para medir o impacto do PIM no Amazonas. Nessa fase, foi incluída a análise dos incentivos econômicos associados ao pólo.
Para quantificar o valor da preservação proporcionada pela existência do PIM, os pesquisadores tomaram como referência valores de mercado e de pesquisas econômicas na área ambiental. No valor de mercado, foi calculada a economia gerada pela preservação ao evitar a emissão de carbono. As duas referências foram a bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, onde a tonelada de carbono é negociada a US$ 3, e a bolsa européia, com cotação de US$ 38 por tonelada de carbono. No total, a economia gerada entre 2000 e 2006 girou entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões.
A indústria instalada em Manaus pretende encaminhar a pesquisa ao governo do Estado e a parlamentares em Brasília para definir compensações pelo custo evitado do desmatamento, segundo José Alberto da Costa Machado, coordenador geral de estudos econômicos e empresariais da Suframa, no estudo divulgado à imprensa.
As empresas vão além e propõem, ainda, a transformação do PIM em Pólo Ecoindustrial de Manaus, o EcoPIM, e a criação de um selo ambiental. A concessão do selo seria feita às empresas que cumprissem com exigências de caráter ambiental e social, estabelecidas por meio de uma política voltada ao desenvolvimento sustentável. Para a implementação do selo, os pesquisadores sugerem que o estudo dos efeitos do PIM sobre a floresta amazônica deve passar por revisões periódicas. Não é uma boa idéia?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Tecnologia ajuda a mapear o risco da dengue em Santo André

A união entre softwares de geoprocessamento e computadores de mão foi a estratégia adotada pela Prefeitura Municipal de Santo André para mapear os possíveis riscos de dengue no bairro de Capuava.
A iniciativa envolve uma parceria entre Secretaria de Saúde de Santo André e o Centro de Estudos de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina do ABC (CESCO). Desde 28 de julho, elas realizam um pré-teste do projeto-piloto de no bairro, segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura.
No processo, os agentes de vigilância ambiental em saúde registram as situações de risco de terrenos baldios e casas em que os técnicos da saúde não foram recebidos durante a campanha de conscientização de combate ao mosquito aedes aegypti.
Para isso, eles utilizam equipamentos de Personal Data Assistant (PDA), também conhecidos como computadores de mão, munidos do software de geoprocessamento para obter dados do local. Depois da análise dos dados, eles irão propor ações preventivas de risco em saúde.
A expectativa da secretaria é concluir os trabalhos na primeira semana de outubro, quando os resultados serão interpretados com enfoques econômico e sócio-ambiental e o grupo apresentará propostas de atuação na área estudada e nas demais regiões da cidade.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Telefônica controla gasto de água e quer reduzir consumo de papel

O grupo Telefônica traçou metas de preservação do meio ambiente no relatório de responsabilidade corporativa (foto) de 2007, divulgado recentemente no Brasil.
A companhia de origem espanhola já tem um plano para reduzir o consumo de papel e conseguiu, no ano passado, manter inalterado o gasto de água em suas dependências na comparação com o ano anterior.
No relatório divulgado à imprensa, a Telefônica explica que 94% do seu gasto de papel é provocado pela emissão das faturas mensais de telefone aos paulistanos. Em 2007 foram 2,036 milhões de quilos de papel.
Para amenizar esse gasto e preservar as nossas árvores, ela pretende, este ano, implantar a contar eletrônica (e-conta), pela internet, para substituir a fatura em papel daqueles que quiserem.
A empresa instalou uma comissão corporativa de meio ambiente no Brasil em 2007 que traçou uma plano estratégico para a gestão de resíduos e o desenvolvimento sustentável das atividades da companhia.
Segundo o relatório, no que se refere ao consumo de água, o grupo está desenvolvendo ações para racionalizar o uso e evitar gastos desnecessários. Em 2007, ela consumiu 1,083 bilhão de litros, volume similar ao de 2006.
O exemplo mostra que mesmo setores que aparentemente provocam pouco impacto nas mudanças climáticas podem - e muito - contribuir para a preservação ambiental.