Empresas valorizam cada vez mais Índice de Sustentabilidade da Bovespa

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), indicador composto pelas ações emitidas por empresas que apresentam alto grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social, está ganhando importância cada vez maior entre as companhias.
As que ingressam no índice ou nele permanecem fazem alarde e comemoram, como vimos nesta semana, em que a Bolsa de Valores anunciou os nomes das companhias que farão parte da lista a partir de 1 de dezembro.
O movimento mostra o quanto ganhou importância para as companhias de capital aberto serem reconhecidas pelo critério do comprometimento social.
A BM&F Bovespa divulgou que a nova carteira passará a incluir os papéis da Celesc, Duratex, Odontoprev, TIM, Oi (Telemar) e Unibanco, enquanto que os da Aracruz, CCR Rodovias, Copel, Iochpe-Maxion, Petrobras e WEG foram excluídos.
Segundo a bolsa, as participantes da nova carteira do ISE foram selecionadas entre as 51 empresas que responderam ao questionário desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e enviado às 137 companhias emissoras das 150 ações mais líquidas da Bovespa.
Criado em 2005, o índice foi formulado com base no conceito internacional Triple Botton Line (TBL) que avalia elementos ambientais, sociais e econômico-financeiros. Aos princípios do TBL, foram adicionados outros três indicadores: governança corporativa, características gerais e natureza do produto, explica a Bovespa em seu site.
"Pelo quarto ano consecutivo, a Diagnósticos da América S.A. (Dasa) compõe a carteira de empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa. Única empresa no segmento de saúde inserida no índice, a Dasa está presente na lista desde que o ISE foi instituído, em 2005 ", disse a Dasa em comunicado à imprensa.
"Companhias tradicionalmente presentes, como Petrobras, Aracruz e Copel, ficaram de fora. Isso sugere mudanças importantes no que se refere à inclusão de práticas sustentáveis na gestão corporativa", avaliou o Instituto Ethos, em outra nota.
Veja a lista completa das companhias no site da BM&FBovespa.

Em 3 anos, 29 milhões de toneladas de CO2 evitadas

Em um dia como hoje (25/11), em que a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) divulgou que os índices de emissão de dióxido de carbono (CO2) alcançaram os mais elevados patamares em 2007, vale citar iniciativas como a da Dell.

A Dell, empresa norte-americana de computadores que também tem fábrica no Brasil, fez recentemente um balanço dos benefícios proporcionados ao meio ambiente pela sua linha de microcomputadores OptiPlex, lançada em 2005.

Nesses três anos, de acordo com a companhia, 29 milhões de toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser enviadas ao meio ambiente. Já os usuários desses equipamentos deixaram de gastar, juntos, algo como 3 bilhões de dólares na conta mensal de energia.

"Toda indústria tem uma função a desempenhar, de induzir a transição para uma economia próspera com baixo teor de carbono. A tecnologia da informação, em particular, faz parte dessa solução", disse Jeff Clarke, vice-presidente do Grupo de Produtos da Dell, no comunicado distribuído à imprensa.

A linha OptiPlex, diz a empresa, é uma das famílias de produtos da Dell que contém um sistema de gestão de energia. Ao otimizar o gasto de energia da máquina para conciliar com os períodos de inatividade, as empresas podem economizar entre US$ 25 e US$ 75 por microcomputador, calcula a Dell.

Em setembro, a Dell anunciou planos de fazer a transição, em um período de 12 meses, de todas as telas novas de seus notebooks para diodo emissor de luz (LED, sigla em inglês) com eficiência em energia. Além de serem isentas de mercúrio e recicláveis, as telas LED permitem economias significativas quando comparadas com a tecnologia de lâmpada florescente com catodo frio.

Ela também pretende que todos os seus microcomputadores e notebooks registrem uma redução de consumo de energia de até 25% até 2010 em relação aos sistemas oferecidos atualmente.

E você, já fez sua parte pelo meio ambiente hoje?

(A imagem acima foi extraída do site da OMM, ou WMO, da sigla em inglês)

1 milhão de horas dedicadas ao voluntariado

A Intel, maior fabricante mundial de chips de computador, completou 40 anos de existência em 2008 - dos quais 21 com presença também no Brasil - e, no lugar das festas, decidiu comemorar de uma froma diferente: doando horas de trabalho ao voluntariado.
A meta é atingir, até o final do ano, 1 milhão de horas doados pelos funcionários de toda a companhia em ações sociais, lideradas e custeadas pela companhia. As horas são tiradas do expediente de trabalho de cada um e os funcionários escolhem, dentre os projetos, aqueles com os quais se identificam.
No Brasil, mais de 70% dos funcionários decidiram se envolver, segundo Elber Mazaro, diretor de marketing da companhia no Brasil, em um encontro com a imprensa na semana passada. Não é um grande exemplo para as empresas de todos os segmentos?

OPERADOR CIDADÃO
Na semana passada, participei da comissão julgadora que vai escolher, entre um grupo de operadoras de TV paga de todo o Brasil, qual é a que tem o melhor projeto de cidadania e responsabilidade social.
Posso adiantar que todos os projetos inscritos têm méritos importantes, mas o vencedor eu só revelo, para não estragar a surpresa, claro, no dia 2 de dezembro, quando ele será publicamente anunciado.

UIT cria campanha para proteger crianças na Internet

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) lançou na semana passada uma campanha para proteger as crianças, público considerado o mais vulnerável entre os usuários de Internet, de crimes como pedofilia e violência infantil.
A iniciativa, batizada de Child Online Protection (COP), reúne várias empresas e parceiros para criar um ambiente seguro para as crianças que usem a Web em qualquer parte do mundo.
Ninguém contesta os benefícios que a Internet e as telecomunicações de um modo geral trouxeram à vida das pessoas, mas como lembrou Pascal Villeneuve, diretor associado da Unicef, no material distribuído à imprensa, elas também representam "os maiores desafios no atual contexto da proteção infantil", diante das cyberameaças.
A UIT lembra que, há 10 anos, havia 182 milhões de pessoas usando a Internet globalmente. Neste final de 2008, entretanto, o número saltou para mais de 1,5 bilhão de internautas, dos quais 400 milhões possuem conexões de banda larga, o que amplia os riscos de crimes online, especialmente para as crianças, segundo a UIT.
Segundo pesquisas recentes citadas pela UIT, mais de 60% das crianças e adolescentes participam de salas de bate-papo na Internet diariamente. Três em cada quatro crianças conectadas concordariam em compartilhar informações suas e de seus familiares na Internet em troca de bens e serviços.
O dado mais agravante mostra que uma em cada cinco crianças é abordada por um pedófilo ao ano na rede mundial de computadores.
Os principais objetivos do programa COP são, segundo a entidade, identificar riscos e vulnerabilidades às crianças no ciberespaço, conscientizar o público desses riscos, desenvolver e promover ferramentas que minimizem o problema, compartilhar conhecimentos e experiências e estimular parcerias internacionais.
A UIT vai coordenar as ações e pretende organizar o primeiro World Congress on Child Online Protection em 2009, em Genebra.

Feira do Livro tem espaço de inclusão digital para deficientes visuais

A Feira do Livro que acontece anualmente em Porto Alegre (RS) , vai expor, neste ano, duas ações de inclusão digital e social da cidade.

Uma delas será o uso da telemedicina, já citado neste Blog. Em telões, o público acompanhará a realização de uma ultrassonografia obstétrica, no Centro de Saúde Navegantes, cujas imagens serão transmitidas pela Internet, em tempo real, ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, para avaliação de médicos especialistas.

Atualmente, o serviço de telemedicina é realizado nos bairros de Restinga, Lomba do Pinheiro e Navegantes. Através de uma unidade móvel, a Procempa, empresa de tecnologia da informação da cidade de Porto Alegre, implanta o atendimento com infra-estrutura da Infovia Procempa, a rede de fibras ópticas da prefeitura.

Nesta 54ª edição da Feira do Livro, a Procempa também montou o Espaço Braile do Centro de Capacitação Digital, um ambiente com computadores e impressora braile, todos equipados com o software Virtual Vision, da Microsoft, que permite aos cegos o acesso a documentos digitalizados e à Internet.

Até o dia 16 deste mês, das 9h às 21h, os deficientes visuais têm acesso aos computadores e podem conhecer um demonstrativo do Virtual Vision. Os usuários poderão experimentar o programa por 30 minutos ao dia em até 30 dias. Além de acessar à Web, as pessoas com deficiência visual podem também imprimir o material desejado no Espaço Braile, segundo a Procempa.

(A foto acima é de Cristine Rochol e foi extraída do site da Prefeitura Municipal de Porto Alegre)

"Lap Tup-niquim": opção brasileira para modernizar a educação

Enquanto o governo brasileiro parece não ter chegado a uma conclusão sobre o projeto dos laptops educacionais, modelo idealizado pelo pesquisador grego-americano Nicholas Negroponte, do MIT, uma alternativa bastante interessante já foi patenteada por pesquisadores brasileiros e está em uso em algumas salas de aula da cidade Serrana, na região de Ribeirão Preto (SP).

É o "lap tup-niquim", que adapta a carteira do estudante para que ela receba uma tela de vidro sensível ao toque, sobre a qual o aluno possa escrever com uma lapiseira. Ela se transforma na tela de um computador e permite o uso compartilhado por mais de um aluno, com acesso à Internet.

Victor Mammana, um dos idealizadores do projeto dentro do Centro de Pesquisas Renato Archer (Cenpra), explica que o modelo idealizado por Negroponte, de um notebook com tela de sete ou nove polegadas, tem os teclados muito próximos uns dos outros, dificultando o uso.

O modelo de notebook educacional, cuja única licitação até agora no Brasil foi cancelada porque o menor preço ficou muito acima do que o governo gostaria de pagar, ainda tem um agravante: a questão da segurança dos equipamentos quando os alunos fossem levá-los para casa.

No caso do lap tup-niquim, o equipamento é montado em cima da carteira já existente na escola pública. Softwares especiais garantem que aquilo que aluno escreva com a lapiseira comum possa ser identificado pelo computador, evitando o uso de mouses que podem trazer lesões aos pulsos das crianças.

Escolas públicas da quinta série em Serrana já receberam algo como 250 carteiras digitais. Outras cidades do interior paulista já se interessaram, mas os pesquisadores salientam que o importante é disseminar o uso e mostrar a sua viabilidade.

Produzidas em grande escala, garantem, as carteiras podem ter o custo reduzido e ficarem ainda mais interessantes. Não parece uma boa idéia?

(A foto acima foi extraída da revista da Fapesp)

Cooperativa leva inclusão digital à periferia de Fortaleza

Falamos recentemente neste Blog do projeto Cinturão Digital, que pretende cobrir o Estado do Ceará com uma rede de banda larga disponível à população.
Antes disso, entretanto, soubemos hoje de um importante projeto de inclusão digital para um bairro de periferia da capital daquele estado, Fortaleza.
Como noticiado hoje pela Agência Brasil, 120 jovens formados pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) resolveram, depois de formados, levar o acesso à tecnologia da informação às suas regiões.
Assim nasceu a cooperativa Pirambu Digital, no Bairro Pirambu, que fica na periferia de Fortaleza. A localidade, de acordo com a Agência Brasil, tem 350 mil habitantes e é conhecida pelos altos índices de violência e baixo desenvolvimento social.
O caso da Pirambu Digital foi apresentado hoje durante a 7ª Oficina para Inclusão Digital, que se realiza em Belém até amanhã.
A iniciativa oferece cursos de desenvolvimento de software, criação de sites, manutenção de computadores, criação de projetos de redes e implantação de projetos de inclusão digital, além de cursos de informática básica e inglês.
Uma das iniciativas da Pirambu Digital é o chamado condomínio virtual, para acesso à Internet e treinamento. Os condomínios são formados por grupos de quatro a dez moradores e um deles é escolhido como o “síndico”, pessoa responsável pela antena receptora do sinal da Internet que compartilha a conexão com os vizinhos.
Segundo a Agência Brasil, os computadores utilizados pelo condomínio são doados por pessoas e empresas e passam por uma reciclagem na cooperativa. Depois, são repassados aos moradores por R$ 10 mensais, durante dez meses. Depois desse período, a máquina passa a ser do próprio morador. O acesso à internet custa R$ 5 por mês.
A cooperativa também oferece uma lan house para os jovens da comunidade. Mas, para poder jogar, eles têm que ficar pelo menos uma hora na biblioteca comunitária, e fazer resumos das leituras.
O projeto Pirambu Digital está concorrendo para representar o Brasil no intercâmbio de experiências de Inclusão Digital entre a África do Sul e a Índia (Ibas), que será realizado em 2009.