sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pesquisadores estudam como usar óleos vegetais para substituir petróleo

O uso de óleos vegetais em substituição ao petróleo em aplicações industriais e farmacológicas é uma possibilidade já em estudo por cientistas norte-americanos.
Segundo o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), um grupo de cientistas do Departamento de Agricultura norte-americano está debruçado no assunto, sob o comando do químico John Dyer e do geneticista vegetal Jay Shockey.
"O primeiro desafio sobre o qual se debruçaram foi entender por que determinadas plantas, como um arbusto chamado tungue, produzem óleos que não são encontrados em outras espécies vegetais. Decifrar este mistério, escondido no código genético, permitirá que se introduzam em outras plantas a capacidade de produzir os tipos de óleo que a sociedade necessitar", diz o especialista em agroenergia Décio Gazzoni, membro do Painel Cientifico Internacional de Energia Renovável do Conselho Internacional de Ciências (ICSU) e conselheiro do CIB.
"As plantas oleaginosas (ricas em óleos) estão entre as principais commodities agrícolas negociadas no comércio internacional. Em 2006, mais de 400 milhões de toneladas de oleaginosas foram produzidas no mundo. A maioria dos óleos —
extraídos da soja, algodão, amendoim ou dendê — são produzidos para fins nutricionais. Nessa área, as plantas poderiam ser alteradas para possuir teor aumentado de ácidos graxos importantes para a saúde humana, como o ômega 3, presente nos peixes: bons para o coração, o cérebro e os olhos. O trabalho de Dyer e Shockey pode permitir, por exemplo, que a sociedade disponha deste benefício", diz ele, em artigo reproduzido pelo CIB.
Esta será, com certeza, uma ótima notícia para toda a indústria, que assiste ao esgotamento crescente das reservas de petróelo e à escalada de seus preços no mercado internacional.

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