segunda-feira, 31 de março de 2008

PC adaptado facilita ensino de criança com paralisia cerebral

Um programa da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) permitiu que computadores fossem adaptados ao uso por crianças com paralisia cerebral, uma iniciativa que facilita o aprendizado dessas crianças com necessidades especiais e, claro, impede que, por conta da deficiência, elas fiquem isoladas da sociedade.
Em um comunicado distribuído à imprensa, Enicéia Mendes, professora do Departamento de Psicologia da UFSCar, que atua na coordenação do projeto, explica que alunos com esse tipo de deficiência apresentam dificuldade de movimento, o que pode afetar a capacidade de expressão e de recepção de mensagens audiovisuais típicas da linguagem humana.
Por isso, a professora avalia que o computador pode significar um grande salto na qualidade de vida de estudantes com paralisia cerebral. Além de facilitar a aprendizagem acadêmica e a comunicação, o equipamento garante a participação e a inclusão social desses alunos em casa, na escola, no trabalho e na comunidade. Mouses, teclados, cadeira de rodas e softwares, tudo é adaptado a esse público.
Dessa forma, alunos com idade entre 5 e 11 anos que sofrem de paralisia cerebral podem frequentar escolas públicas municipais da cidade de São Carlos, em uma sala com equipamentos que facilitam a execução das tarefas.
O projeto de extensão da UFSCar, chamado "Alta Tecnologia Assistiva e Inclusão", começa este ano no dia 15 de abril e envolve um trabalho conjunto com a professora especializada para implementar o uso de computadores.
Neste ano, os pesquisadores querem ir além, já que as atividades prevêem a criação de um banco de dados sobre recursos de tecnologia assistiva disponíveis no mercado nacional, o desenvolvimento de instrumentos de avaliação para prescrição desses recursos a partir das demandas motoras da criança com paralisia cerebral, a elaboração de manuais para professores, profissionais e demais usuários sobre o uso dos principais equipamentos e a tradução e adaptação de uma escala de identificação de barreiras para a inclusão escolar de alunos com disfunções motoras.
Dados como esses poderão ser de grande valia para que professores e outros tipos de profissionais saibam lidar melhor com os portadores de paralisia cerebral e, assim, contribuir para ampliar sua qualidade de vida, já tão restrita. Como irmã de uma portadora de paralisia cerebral*, só tenho a comemorar com a notícia! Que muitas outras iniciativas como essa possam chegar ao nosso conhecimento.

(*Minha irmã, Ana Cristina Fuoco, completou 46 anos ontem!)

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