segunda-feira, 17 de março de 2008

Lanhouses viram principal ponto de acesso à internet no Brasil

Os locais públicos de acesso à internet como cyber cafés e lanhouses já respondem por 49% dos acessos à rede mundial de computadores, como informou o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) na última sexta-feira (14/03). Por isso, qualquer iniciativa de inclusão digital no Brasil precisa levar em conta esse meio, que tanto se propagou em 2007 - respondia por 30% dos acessos em 2006 e saltou para 49% no ano passado, ultrapassando as conexões domiciliares (40% do total).
Isso mostra que, apesar dos incentivos do governo para a compra de microcomputadores, a proliferação de pontos públicos e pagos de acesso é que tem, na verdade, contribuído para o crescimento do uso da internet no Brasil.
Mostra também, como salientou o NIC.br, como a iniciativa privada tem papel importante na proliferação da inclusão digital no País. Na medida em que mais e mais pontos públicos de acesso como esses se disseminarem, levando os preços para baixo, mais e mais brasileiros passarão a se beneficiar do acesso às informações da internet, da facilidade de dispor de uma conta de e-mail e das redes sociais presentes hoje na Web 2.0.
Outro fato que merece destaque na pesquisa do NIC.br é que os incentivos fiscais estão, sim, provocando efeito: o número de famílias que já dispõem de um microcomputador em casa saltou quatro pontos percentuais em relação a 2006, para 24% das residências brasileiras.
E, nessas casas, já ficou claro que assinar uma conexão de banda larga é economicamente mais interessante. Por isso, a banda larga ultrapassou, pela primeira vez, o número de conexões discadas, com 50% dos acessos domiciliares ante os 42% da banda estreita.

Um comentário:

Unknown disse...

Boa noite. Em primeiro lugar, parabéns pelo tema do Blog e pela iniciativa. Nunca é demais falar do papel da TI na responsabilidade social e ambiental. Sobre a divulgação do NIC.br, recebo a notícia com pesar, pois, entendo que se o acesso à internet está sendo provido, em sua maioria, pelas Lanhouses, os incentivos fiscais, os preços dos micros, da energia elétrica e dos recursos de telecomunicações ainda estão distantes da maioria da população. Na minha opinião, não é o momento de comemorar o fato divulgado, mas, de rever os modelos adotados e, de uma vez por todas, trabalhar para que a rede mundial seja, de fato, universalisada no Brasil. E nesse assunto, os diferentes "Brasis" (sic) se fazem presentes, uma vez que a realidade das regiões que ficam no sul do país é muito diferente do resto do Brasil, de poucos investimentos, tecnológicos e nas pessoas.
Há muito o que fazer, por parte das empresas, das pessoas que podem e, principalmente, dos governos.
Muito obrigado. Parabéns, de novo.
Walmir Luis Fuoco
23.03.2008