domingo, 20 de abril de 2008

Grife ecológica ainda apóia entidades sociais




Uma grife cujos produtos só usam material reciclado e ecológico ainda tem o mérito de destinar parte de sua receita para organizações não-governamentais de ajuda social. Assim é a Tuitá, criada pelos empresários Kátia Dotto e Guilherme Gargantini Filho.
Eles explicam que Tuitá significa "gente" em Tupi-Guarani. A coleção de produtos feitos em lona, juta, pneus e bambu inclui bolsas, botas, sapatênis, chinelos, pastas para notebooks e malas de viagem.
Os produtos também contam com tratamento especial. A lona, por exemplo, é adquirida diretamente dos caminhoneiros e submetida a vários processos de lavagens para extrair a graxa e os resíduos causados pelas condições climáticas.
Mas o trabalho não termina na venda dos itens, dos quais vocês podem ter uma idéia com as fotos divulgadas pela assessoria de imprensa (acima).
Dentro do projeto “Metamorfose Tuitá”, a empresa tem por objetivo reformar e reativar a sede de diversas ONGs, que possuem o espaço físico para desenvolver suas atividades, mas nem sempre o local tem condições adequadas de trabalho.
O primeiro desse trabalho acontece com a ONG Mães da Sé. Para cada peça comprada pela Tuitá, o fornecedor doa R$ 0,50 centavos para a revitalização da sede da Mães da Sé, que atua na busca de pessoas desaparecidas. Nesta coleção a Tuitá utiliza sacolas e TAGs com fotos de pessoas desaparecidas como mais uma forma de divulgação da causa da ONG.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Falta tecnologia na agricultura familiar, aponta a FAO


Redução da fome e ajuda ao meio ambiente. Pelo menos essas duas vantagens estariam garantidas se a agricultura familiar lançasse mão de mais tecnologia em seus processos. O alerta foi dado nesta segunda-feira, na abertura da 30ª Conferência Regional da Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Ainda que em um primeiro momento a tecnologia seja vista como um custo a mais para esse segmento já tradicionalmente carente de recursos, usar os recursos tecnológicos pode garantir aumento da produtividade desse setor e, como consequência, a sua rentabilidade, como apontaram os participantes. (A foto ao lado é da Agência Brasil).
"Há um desafio crucial de que se estenda a inclusão tecnológica na agricultura familiar, tanto para uma maior remuneração dos produtores como para prevenção do aquecimento global", afirmou Fernando Soto Baquero, chefe da Subdireção de Assistência para Políticas da FAO, segundo a Agência Brasil.
Segundo ele, o crescimento da produção agrícola não gerou aumento de ganhos para a agricultura familiar. Um dos motivos seria a alta dos custos de produção devido ao pouco uso da tecnologia.
De acordo com o representante brasileiro na FAO, José Antônio Marcondes de Carvalho, a produção da agricultura familiar pode ser um dos principais fatores no combate à fome. "Hoje, 65% da produção agrícola no Brasil tem origem na agricultura familiar. É por meio da agricultura familiar que vamos conseguir alimentos suficientes para o povo", disse, de acordo com a Agência Brasil. Por isso, quanto mais produtivo se torne esse segmento, menor será a incidência da fome.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Inclusão digital de idosos ganha novas turmas em Porto Alegre

A empresa municipal de tecnologia da informação de Porto Alegre (Procempa) tem constatado que quanto mais vagas oferece para a inclusão digital de idosos, mais cresce a procura desse público. A boa notícia é saber que essa capital tem procurado atender à demanda e, a partir desta quinta-feira, abriu mais três novas turmas do curso gratuito que oferece para inclusão e capacitação dos idosos no mundo da informática.
Os cursos envolvem conteúdos como Introdução à Informática, Sistema Operacional, Pacote Office e Internet, de acordo com a Procempa. São duas horas de aula, diariamente.
Entre janeiro e fevereiro, oito turmas já foram capacitadas na cidade. Com isso, 156 habitantes com mais de 60 anos já estão hoje aptos a usar o microcomputador para ler notícias, trocar e-mails, receber fotos. O número é mais da metade dos 300 capacitados pela Procempa nesses dois primeiros meses do ano. Até 2007, 620 idosos já haviam passado pelos cursos do município.
Acompanhe o depoimento de um deles, a professora aposentada Gessy da Silva Fioravante, divulgada no site da Procempa na sua formatura, em dezembro passado: "Através do MSN, que uso várias horas do meu dia, combato a solidão e faço novas amizades. A aposentadoria me assustou um pouco, então encontrei nos e-mails e nas mensagens uma forma imediata de retomar minha comunicação com o mundo".

terça-feira, 8 de abril de 2008

Unicef e BT: juntas para garantir ferramentas de comunicação a jovens carentes


A Unicef, órgão da ONU voltada à infância, e a BT (atual nome da British Telecom) trouxeram ao Brasil uma iniciativa para garantir o acesso de ferramentas de comunicação a jovens carentes.
A parceria entre a empresa de telefonia e a entidade vai fornecer a escolas de cinco cidades brasileiras recursos como microcomputadores e câmeras digitais, além de apoio na elaboração de websites e blogs.
O projeto tem a meta de beneficiar dez mil adolescentes em dez escolas de cinco das maiores cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, segundo informações divulgadas à imprensa.
Segundo as parceiras, os adolescentes irão utilizar ferramentas e técnicas de comunicação, como internet, rádio, blogs, fotografia e vídeo na criação e divulgação de campanhas "que possam trazer melhorias para suas escolas e contribuir na formatação de políticas públicas de serviços de saúde, meio ambiente, inclusão digital e outras questões comunitárias", segundo a nota divulgada nesta terça-feira.
Os recursos também poderão ser um importante instrumento para garantir a permanência das crianças e adolescentes na escola. Uma pesquisa feita pelo Unicef em 2006 constatou que, no Brasil, os adolescentes que participam de atividades comunitárias são menos suscetíveis ao abandono da escola, à gravidez e ao envolvimento com a violência.
A BT vai investir 1,75 milhão de reais para custear o programa, que será implantado em parceria entre a Unicef e ONGs voltadas à educação.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Além de dar exemplo, BB economiza com papel e cartucho reciclados

Depois de acumular R$ 360 milhões de reais com a utilização de cartuchos reciclados nos últimos oito anos, o Banco do Brasil (BB) decidiu partir para outra iniciativa de reciclagem que promete, além de dar o exemplo a outras companhias, garantir economia de gastos: o uso de papel reciclado.
O banco informou à imprensa* que começou a utilizar envelopes com papel reciclado em seus terminais de auto-atendimento para depósito em cheque ou dinheiro.
Os caixas eletrônicos do BB processam 1 milhão de envelopes para depósito diariamente, o que equivale a 30 milhões de envelopes mensais.
Além de usar papel reciclado, o BB reduziu a espessura dos envelopes, o que vai levá-lo a uma economia de 39% em relação ao gasto com papel anteriormente.
Vejam o efeito no meio ambiente, pelos cálculos do BB: de acordo com estudos de organizações ambientais, a cada 50 quilos de papel reciclado, uma árvore deixa de ser cortada no planeta. A utilização dessa quantidade de envelopes reciclados pelo BB permitirá que, até o final deste ano, 25,2 mil árvores deixem de ser derrubadas.

Cartuchos: economia milionária
O uso de 98 mil cartuchos reciclados nas impressoras do banco permitiu uma economia de R$ 80 milhões em 2007. O projeto teve início há oito anos. Ao todo, o Banco do Brasil estima já ter feito uma economia de R$ 360 milhões com a compra de cartuchos, optando pelo recondicionamento dos toners por empresas contratadas.
Dinheiro no caixa e ajuda ao meio ambiente. Não parece uma combinação interessante?

* A dica é do amigo e jornalista Eduardo Vasques.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Consumidor brasileiro fica entre a expectativa e a descrença

O consumidor tem interesse em conhecer o que as empresas fazem em termos de responsabilidade social, mas estão descrentes com seu poder de pressão como clientes para exigir que elas façam mais.
Esta foi uma das conclusões do estudo "Responsabilidade Social nas Empresas - Percepção do Consumidor Brasileiro", realizado em conjunto pelos institutos Akatu e Ethos.
"Há uma dissonância entre as expectativas do consumidor e o que as empresas, na percepção do consumidor, estão fazendo", afirmou o presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, na divulgação da pesquisa.
De acordo com o estudo, a expectativa dos consumidores é alta em relação ao que as empresas poderiam fazer, o que gera decepção com a prática.
Na pesquisa, 77% dos entrevistados alegaram ter muito interesse em saber como as empresas tentam ser socialmente responsáveis.
Ainda que não seja muito ativo, o brasileiro sabe que tem poder de influenciar as empresas, já que 75% dos ouvidos concordam que, como consumidor, podem interferir na maneira como uma empresa se torna responsável.
Segundo os institutos, nos países desenvolvidos o consumidor é mais ativo em punir as empresas indiferentes à responsabilidade social ou em premiar as responsáveis socialmente, mas, infelizmente, no Brasil os números do engajamento são menores que a média mundial.
Enquanto nos países desenvolvidos a média é de 35% entre os consumidores que punem ou premiam empresas conforme a responsabilidade social, no Brasil o índice oscila entre 12% e 13%.
De quem é a culpa? Das empresas, que não levam a sério suas ações de responsabilidade social ou não as divulgam adequadamente, ou do consumidor, que não usa efetivamente seu poder, que não se engaja para pressionar o mundo corporativo?
O que você acha?

terça-feira, 1 de abril de 2008

Uma linha de PCs com recursos ecológicos


A Lenovo, companhia chinesa que adquiriu a divisão de computadores pessoais da IBM em 2005, incluiu na família de máquinas que vende no Brasil modelos que incluem recursos ecológicos.
Não é o caso de fazer apologia nem publicidade dos produtos, mas achei interessante citar a iniciativa, que me foi passada pelo amigo e também jornalista Eduardo Vasques.
A empresa passou a importar para vender no Brasil os desktops ultracompactos ThinkCentre M57 e M57p, que segundo ela são os primeiros a receberem o selo da Greenguard Environmental Institute (GEI), empresa certificadora de emissões de componentes químicos. Eles também são fabricados com materiais plásticos reciclados.
Obter a certificação da Greenguard significa, como explicou a Lenovo, que os equipamentos foram testados em relação à emissão de até 2 mil produtos químicos. Os microcomputadores também são cerca de 25% menores que a linha anterior de máquinas ThinkCentre, o que pode significar mais redução no consumo de energia e a necessidade de peças plásticas ou metálicas.
Todas as iniciativas desse tipo são bem-vindas. O meio ambiente agradece!